sexta-feira, 24 de abril de 2009

"É facil julgar os erros dos outros, dificil é reconhecer nossos próprios enganos".

O Texto abaixo foi escrito por profissionais da área de comportamento humano. Focaliza a fofoca no ambiente de trabalho. Mas o mesmo serve para ser usado em outras organizaçoes como a familia, escola, amigos e igreja.

Muitas vezes nao nos damos conta do quanto o que falamos é tao importante e o mau que pode causar na vida de outras pessoas.


"Há numerosos indivíduos civilizados que recuariam aterrados perante a ideia do assassínio ou do incesto, mas que não desdenham satisfazer a sua cupidez, a sua agressividade, as suas cobiças sexuais, que não hesitam em prejudicar os seus semelhantes por meio da mentira, do engano, da calúnia, contanto que o possam fazer com impunidade".
Sigmund Freud, in 'As Palavras de Freud'


Reflita no texto abaixo:

Quando a conversa informal nos corredores se transforma em falatório, a fofoca dá as caras e os envolvidos são atingidos em suas vidas pessoal e profissional. Abra o olho!

Já está sabendo da novidade? Nem te conto… Olha, eu não queria dizer, mas… As formas de interpelar um colega para falar dos últimos acontecimentos na empresa variam muito, mas a maneira de abordar e a entonação já indicam: lá vem fofoca.

Em seu artigo Você sabe como combater fofoca?, Rodrigo Cardoso, palestrante da área de comportamento, mostra que esse fenômeno – um vírus bastante nocivo à saúde das empresas (e de seus funcionários) – se espalha com a velocidade de um rastilho de pólvora pelos corredores.

“Um boato começa sem fundamento, mas acaba prejudicando o desempenho dos colaboradores e minando a energia da equipe”, diz. Por isso, a melhor maneira de eliminar um boato ou fofoca é interromper o ciclo do vírus. “A informação não deve passar de você. Você é o antídoto!”, ensina.
A maledicência é a base da fofoca e, a partir do momento que entra em cena, a ética sai pela primeira porta disponível. Segundo o consultor, ambas não se falam, não se dão, não se relacionam. Por esse motivo, no ambiente de trabalho, os reflexos negativos aparecem no clima e no rendimento dos colaboradores.


“As fofocas dificilmente têm propósito construtivo, educativo ou corretivo. Quem pratica, modifica e enfeita antes de transmitir com o propósito de torná-la um salvo-conduto, assegurando-lhe vantagens e lucros pessoais, mesmo que não sejam duradouros”, diz Alexandre Freire, consultor do Instituto MVC em Gestão de Marketing, Planejamento, Organização do Trabalho e Gestão do Tempo.

Além disso, dependendo da quantidade e da velocidade com a qual as especulações trafegam em uma empresa o clima organizacional pode piorar muito, gerando descrédito das lideranças, fuga de talentos e descontentamento generalizado. Para Alexandre Freire, o surgimento das comunidades de relacionamento virtual estimulou a disseminação nas empresas de informações equivocadas e até, em alguns casos, muito íntimas.

“Às vezes, a fofoca é resultado dessa invasão, proporcionada pela tecnologia – que facilita a busca de informações verídicas e mentirosas”, diz. Portanto, expor a vida das pessoas em público, seja via orkut ou e-mail, é uma ação simples, mas destrutiva. A credibilidade que, na maioria das vezes demora anos para ser construída, é literalmente destruída numa questão de segundos.
O palestrante Rodrigo Cardoso concorda e vai um pouco além. Diz que a fofoca causa sintomas ainda mais prejudiciais no meio empresarial. “Desmotiva internamente, diminui a produtividade, promove um clima interno difícil e, em casos extremos, até sabota, prejudicando os resultados da companhia”, enfatiza.


A tendência de exagerar nas histórias há muito tempo deixou de ser considerada uma atitude tipicamente feminina. Atualmente, homens e mulheres fazem seus comentários maldosos e os motivos que levam a isso variam muito. Eles podem ser estimulados pela inveja, revanchismo, ódio e até insegurança.

Nessas horas, é inevitável questionar o caráter do colega. Rodrigo Cardoso define estas pessoas com necessidade aguçada de se sentir importante como carentes afetivamente. Elas acreditam, erroneamente, que, ao falar mal de um colega, estarão se aproximando mais do ouvinte e se tornando seu amigo e confidente.

Quando analisada de forma isolada, muitas vezes é difícil perceber o poder destrutivo da fofoca. Comentários maldosos – sobre empresas e até nações – podem fazer as bolsas de valores despencarem mundo afora ou mesmo causar danos à imagem de organizações públicas e privadas. “Nove em cada dez pessoas são demitidas por conta de atitudes e comportamentos. Portanto, é papel da liderança identificar os potenciais causadores de problemas no grupo”, fala Rodrigo Cardoso. “E quem não pára de espalhar boatos, mesmo sabendo desses riscos, precisa ser desligado da companhia”, conclui o consultor.

A fofoca tem uma forma sutil de ser repassada. O olhar diferente e a entonação da voz dizem muito mais sobre o assunto a ser tratado do que as próprias palavras. Ou seja, a forma como se fala é 90% do boato! Em seu artigo Fofoca, o consultor Alexandre Freire aponta os estilos mais usados por quem adota esse comportamento diariamente:
SEM QUERER – “Olha, eu não queria dizer, mas isso está me incomodando muito…”
SINCERIDADE – “Vou contar uma coisa sobre o fulano para você, mas só porque sou amigo dele. O meu intuito é apenas ajudar…”
AFIRMAÇÃO – “Será que o novo gerente é homossexual?”
BAIXARIA – “O Marcos estava com a Lúcia no restaurante, mas não conta nada para o chefe, senão, já viu né?”
TIRO DE MISERICÓRDIA – “Vou contar uma coisa da Hana que é para prejudicá-la mesmo, pois ela merece!”
TAPETE – “Olha, não quero puxar o tapete de ninguém, mas…”
A seguir, 9 dicas para fugir desse problemão!
Quando a conversa informal nos corredores se transforma em falatório, a fofoca dá as caras e os envolvidos são atingidos em suas vidas pessoal e profissional. Abra o olho!


FIQUE LONGE DO DISSE-ME-DISSE DENTRO DA EMPRESACOM ESSAS DICAS:

1. Cuidado com as confidências ou comentários feitos no ambiente de trabalho. Pessoas de má índole podem se beneficiar de informações conseguidas em momentos de vulnerabilidade e se aproveitar delas.
2. Eleja um colega para suas confidências. Escolha alguém em quem possa realmente confiar quando quiser falar de seus problemas.
3. Fique longe de conversas maledicentes. Às vezes, é melhor não ver, não ouvir e não saber.
4. Procure andar com pessoas produtivas, concentre seu foco nos resultados e se comprometa com as metas da empresa;
5. Quando for inevitável, apenas escute o fofoqueiro. Não manifeste sua opinião. Cale-se e não leve o assunto adiante.
6. Falar é uma característica do ser humano. No entanto, é preciso dosar os comentários sobre situações engraçadas ou pessoais, que possam machucar as pessoas.
7. Lembre-se de que se alguém fala mal de outra pessoa pode falar mal de você também. Então, jamais aproveite a situação para alfinetar alguém.
8. A melhor maneira de evitar boato e a fofoca é parando em você. Ou seja, ignore. Não leve adiante. Essa postura torna as relações profissionais mais agradáveis e produtivas.
9. Se você foi vítima de uma fofoca, busque apoio na rede de pessoas que o conhecem sinceramente. A maior arma contra a fofoca é a credibilidade.

http://escoladeser.wordpress.com/2008/07/01/fuja-da-fofoca-e-proteja-seu-emprego/

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